Fevereiro Laranja – Mês de Conscientização da Leucemia

Esse tipo de câncer hematológico pode afetar pessoas de qualquer idade, tem sintoma semelhantes a outras doenças e pode ser diagnosticado no hemograma

Paralela à campanha Fevereiro Roxo, que fala sobre os cuidados com o Alzhmeir, fibromialgia e lúpus, no segundo mês do ano também se discute sobre outra doença que acomete milhares de pessoas em todo o país, a leucemia. Para falar do combate a esse tipo de câncer, diversas entidades ligadas a área da saúde aderem à campanha Fevereiro Laranja, promovendo a conscientização sobre a importância do diagnóstico e tratamento à leucemia.

A enfermidade é originada na medula óssea, local em que as células do sangue são formadas, e acomete os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos. Eles começam a reproduzir de forma descontrolada, dando início aos primeiros sinais da leucemia. Os primeiros sintomas são um reflexo de acúmulo de células anormais, as quais prejudicam a produção de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, o que pode causar anemia, palidez, sonolência, fadiga, palpitação, sangramentos na gengiva e nariz, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos.

“É importante salientar que dentro da palavra leucemia estão incluídas várias doenças diferentes entre si. De uma maneira geral, elas podem ser agudas ou crônicas. E, dependendo do tipo de linhagem de glóbulo branco afetado, mieloides ou linfoides”, explica o Dr. Nelson Hamerschlak, coordenador da Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Diferentemente de outros tipos de cânceres que acontecem, principalmente, em pessoas de mais idade, as leucemias podem aparecer em qualquer época da vida. Inclusive, dentre os cânceres pediátricos, ela está em primeiro lugar nos mais comuns (28%), seguida pelo câncer do sistema nervoso central (26%).

A leucemia linfoide aguda (LLA) é mais comum em crianças e jovens. Enquanto que as crônicas, sendo elas leucemia linfoide crônica (LLC) e leucemia mieloide crônica (LMC), e a leucemia mieloide aguda (LMA), aparecem mais em pessoas acima de 50 anos.

Não se sabe exatamente porquê das leucemias se desenvolverem, entretanto acredita-se que é devido a uma mutação genética não somática. Ou seja, uma mutação que não pode ser passada de pai para filho.

“Algumas causas que podem determinar essas mutações são conhecidas. Como irradiação, benzeno e outras substâncias químicas em grau de intoxicação. No entanto, de uma forma geral, não sabemos a causa e nem determinar o motivo de alguns tipos serem mais comuns em certa idade”, diz o hematologista.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de coleta da medula óssea para exames específicos. Caso a doença seja identificada, o tratamento inclui quimioterapia e pode ser indicado também o transplante de medula ao paciente.

Dados da leucemia no Brasil

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, em 2018, houve mais de 10 mil casos de leucemia em todo o país, sendo mais da metade em homens. Para alertar sobre os sintomas e conscientizar a população sobre esse câncer hematológico, foi aprovada a Campanha Fevereiro Laranja.

Essa campanha foi sancionada em novembro de 2019 no Estado de São Paulo. Seus principais objetivos são alertar a população sobre importância do diagnóstico precoce e do tratamento da leucemia.

Quando a leucemia infantil é diagnosticada precocemente e a criança submetida ao tratamento adequado, as chances de cura chegam a 80%. Na LMC, a rápida descoberta da doença permite que o paciente tenha uma vida praticamente normal, precisando apenas de uma medicação. Em alguns casos da LLC, é preciso apenas o monitoramento por meio de exames anuais.

Já as leucemias agudas podem precisar de tratamento mais intenso, com quimioterapia, terapia alvo, radioterapia e/ou transplante de medula óssea. Mas também apresentam bons prognósticos se diagnosticadas rapidamente.

O grande problema no transplante de medula óssea, um dos temas abordados pela Campanha, é a compatibilidade. Para que esse procedimento possa ser feito, é preciso que a medula do paciente e do doador sejam compatíveis. Assim como acontece no transplante de órgãos. Procura-se essa compatibilidade primeiro entre os parentes mais próximos. Caso não seja encontrado ninguém, procura-se nos bancos de medula, como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Daí vem a importância da doação de medula óssea. Achar alguém compatível é difícil. Entretanto, quanto mais voluntários doando, maior a chance de o paciente encontrar e poder realizar o transplante.

Fontes: Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e Revista ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

Fevereiro Laranja – Mês de Conscientização da Leucemia
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